Mas só de pensar no pedivela girando, corrente passando, catraca mudando, rodas levantando poeira, ah sim, a gente levanta rápido e já começa a agitar tudo pra sair rápido.
Bora pedalar conosco? Vamos lá...
http://pt.wikiloc.com/wikiloc/view.do?id=1552986
Nesse link você tem informações detalhadas de distâncias e altimetrias, e ainda pode dar "zoom" pelo caminho.
Nossa região tem um circuito de fazendas e pousadas cadastradas pela prefeitura, onde são oferecidos serviços para turistas. Esse cadastro recebeu o nome de Circuito Eco Rural de Rio das Ostras.
Uma série de fazendas/restaurantes ou fazendas/pousadas são acessadas por estradões planos de terra e areia. Estradões rápidos e longos na maioria das vezes.
Esses caminhos levam ao distrito de Rocha Leão e Cantagalo.
Então tornou-se excelente opção para um giro de bike, quando queremos correr de montanhas ou estamos apresentando o esporte a amigos e não queremos assustá-los com as subidas extensas que dão o real sentido ao MTB.
Saímos nós: Andrei (de Macaé), Carlo (iniciante), Everson (RO) e Dudu (RO). Encontramos no pardal de Terra Firme. Cortamos a cidade, entrando pela Av. Brasil, sentido Recanto. Cortamos a Estrada Serramar e seguimos em direção à Fazenda São João, onde os bikers sempre são bem recebidos.
Nos estradões de areia, seguimos sentido Rio Dourado, que é distrito de Casimiro de Abreu.
A lua (nome que damos ao sol escaldante durante o dia) estava lá, marcando presença, minando as forças... tava bravo a situação.
Pouco antes de Rio Dourado, seguimos na direção da Estrada Serramar, para cortá-la novamente e seguir pela estrada da Reserva da União sentido Rocha Leão.
A partir desse ponto, a estrada é mais conhecida, pois são caminhos estratégicos que são muito percorridos por nós, bikers.
Já na estrada da Reserva da União, nosso rumo era Rocha Leão.
E chegando nesse distrito muito aconchegante, a vista das montanhas ao fundo a partir da linha do trem é muito convidativa para uma foto.
É.... o MTB tem suas surpresas para os iniciantes! As bikes de MTB, equipadas com suspensão a ar, pneus com laterais de kevlar, quadros leves, marchas equilibradas, ou seja, tudo de bom, acabar por detonar no quesito selim. Isso que diga nosso amigo Carlo. Mas pouco depois já estava tudo dormente e as paisagens do passeio ofuscaram qualquer incômodo.
Impossível passar por Rocha Leão e não parar pra ver o (destivado, infelizmente) Museu do Trem.
Seguimos ao próximo objetivo: ver o mar do "cucuruto", no alto da antena de comunicações.
Entramos pela convidativa porteira, que dessa vez estava amarrada com arame farpado... nada de mais para bikers. Iniciamos a dura subida. Curta, porém muito íngreme.
Na lua que estava o dia, parecia que o sol estava colado nas costas (rsrsrsrs).
Quando chegamos no alto da antena, que ainda não era o ponto mais alto, Everson e eu nos escondemos como refugiados numa greta entre o muro e a grade. Como se o sol fosse uma lanterna procurando foragidos. Eram momentos que a cabeça não conseguia pensar em nada.
Estávamos nós ali, quietos, pensando nos 11 milhões graus celsius que tem nosso astro rei, quando chegou Andrei e Carlo disputando cada centímetro quadrado de sombra.
Mas bora lá. Pedal pra cima. Alías, o objetivo era ver o mar. Então o "sobe" continuou até o "cucuruto".
A trilha que leva até lá está muito irregular. Basta somar água de chuva, boi pisoteando a trilha e sol secando o pisoteado que você entenderá o que eu estou dizendo.
Enfim, chegamos! E de lá, não precisa ser comentado nada! Com o dia claro de hoje, vento seco sentido mar, conseguimos ver até Búzios.
Sem contar que observar a BR 101 viva e as montanhas que circundam Rocha Leão, tudo isso ainda vira sobremesa!
A hora da descida é sempre uma boa hora!
Ainda mais aqui. Um bom treino de equilíbrio quando descemos pelos single tracks feitos pelos nossos amigos bovinos!
Retornando à baixa altimetria, uma parada obrigatória na tia (ainda vou pegar o nome dela!) do forró (só sei que ela adora uma noitada de forró! Vive contando os casos dos bailes pra gente!). Lá, guaraná pra dar um açúcar e reabastecimento de água.
Partiu? Beleza! Então vamos até a BR 101 andar um trecho até pegar uma estrada de chão à direita, que leva até Cantagalo.
Aqui podemos curtir alguns "tops" de estradão (que são subidas rápidas e curtas), com descidas ligadas a baixadões de terra, permitindo que as "magrelas" peguem uma velocidade pra levantar um pouco de poeira.
Nessa área, às vezes avistamos alguns carros queimados, casos de "roubos de seguro", tão antigo quanto roubo de carteira...
Nessa estrada tem muitos acessos às pedras onde a turma da escalada param os carros para curtirem as suas subidas. Vira e mexe encontramos com alguns por ali.
Nessa estrada de terra, passamos em frente ao Rancho da Pedra, local onde já paramos algumas vezes para almoçar e tomar um banho de piscina.
Algumas vezes paramos também no Sítio das Bromélias pra almoçar e ficar de "bob" na piscina.
Pouco à frente, chegamos na Estrada da Califórnia (dizem que um gringo americano que tinha umas terras por ali achava o clima idêntico ao da Califórnia, por isso o nome - e hoje parecia mais ainda!) e pegamos sentido ao centro de Cantagalo.
Da praça de Cantagalo, seguimos de asfalto, sentido Rio das Ostras, na ROS 005. Estávamos tranquilos, porque ainda era cedo (13h) e a turma da cachaça ainda não estava voltando pra casa dirigindo pela estrada afora. Infelizmente é uma estrada com muitos bares à beira, onde motoristas bebem e voltam ziguezagueando pra casa. Mas isso já está anotado paras as nossas reivindicações.
Chegando em Rio das Ostras, uma cena chama a atenção, veja na foto abaixo:
Precisa dizer alguma coisa? Esse potrinho mamando enquanto a mãe fica de bronze no meio do açude!
Um ótimo presente para um dia de sol escaldante.
Isso é uma das coisas maravilhosas desse esporte!
O contato direto com a natureza, desde os odores aos sons.
Todos os sentidos trabalham bem.
Os olhos é que agradecem imensamente.
Esse açude é bem conhecido na ROS 005.
Continuando no asfalto, seguindo até a Estrada do Contorno, zeramos a pedalada no mesmo ponto onde encotramos para a partida.
Os estômagos da turma já estavam em autofagia. Dali, a única coisa a fazer (e que conseguíamos pensar) era no rango!
Fica pra turma do pedal mais um roteiro.
Foram 59km pedalados. Altimetria mínima. A subida em Rocha Leão pra ver o mar é opcional, embora seja um treino de subida e valha muito a pena pra chegar lá.
Boas pedaladas a todos e nos encontramos nos estradões da região!
Eduardo Almeida
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