sábado, 8 de fevereiro de 2014

Blitz Ambiental nas cachoeiras de Macaé

Prefeitura de Macaé inicia "blitz" nas cachoeiras da serra com a Guarda Ambiental

Foto: divulgação Bikero

Em um final de semana qualquer, uma pessoa que gosta realmente de uma cachoeira, sabe valorizar o som da água, o cheiro do ambiente e a visão plena das águas.
Um grupo de ciclistas que pedalou até Bicuda Pequena, na Serra Macaense, flagrou a ação da Guarda Ambiental. "Vimos os agentes solicitando que uma turma que estava com som alto retirasse seu veículo da área da cachoeira. Um casal que estava entrando com uma churrasqueira e saco de carvão foram avisados para guardar o material no carro novamente", comentou um dos ciclistas do grupo.
Infelizmente as cachoeiras da região estão sendo frequentadas também por pessoas que não têm nenhuma noção sobre ambientalismo.
Ao invés de som das águas, som alto, geralmente de funk, que abstendo de qualquer preconceito, na maioria das vezes são tocadas músicas onde a letra envergonha quem está com família.
No lugar do cheiro agradável do movimento das águas, odor de churrasco, em local que nem todos são fãs de carne.
Sem contar a fumaça, que em poucos casos, mas de fato, chegam a dar volume.
Certamente o pior de todos os males causados pela parcela de visitantes que ferem as leis ambientais é a questão do lixo. Vários locais têm acúmulo de lixo.
"Em Glicério, nas cachoeiras de Ciriaca, o ambiente era familiar. Agora é baderna, som alto, 'farofada' e muito lixo", comentou um ciclista morador do local. "Seria muito bom ter blitz constante aqui", finalizou.
A opinião de visitantes conscientes é de que a prefeitura deveria fazer além da blitz, ações in loco com comunicação verbal aos visitantes sobre regras ambientais antes da entrada dos mesmos. Placas com as proibições e a lei de referência também são bem vindas. Além de publicações nos meios de comunicação sobre a conscientização para o uso corretos dos bens naturais.
O grupo de ciclismo parabenizou a ação da Prefeitura de Macaé.

Foto: divulgação Bikero

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Macaé pode ter projeto de ciclismo com retorno social

Projeto Esportivo de Ciclismo está sendo desenvolvido para a cidade com linhas de ação de retorno social na mobilidade urbana



Uma reunião realizada no dia 21 de janeiro, na Secretaria de Ambiente, foi uma solicitação do Secretário Guilherme Sadenberg, que manifestava preocupação com as ciclovias da cidade de Macaé, que estão sem nenhum trabalho efetivo até o momento.
"A bicicleta é um veículo que tem uma importãncia muito grande no assunto de meio ambiente e sustentabilidade. Queremos que Macaé seja uma cidade que venha a utilizar a bicicleta de forma maciça. Para isso temos que preparar o local, para depois incentivar e colher os benefícios de apoiar um equipamento não poluente e que diminui ainda mais a quantidade de carros e tempo de produção de gases nos engarrafamentos", comentou Guilherme.
O encontro foi arquitetado por Henrique Gama, Vice Presidente Esportivo da Fesportur, que já tinha em mãos um escopo desenvolvido por Tiago Guedes, morador de Macaé, tratando de um projeto com uma série de eventos de ciclismo e contrapartidas sociais ligadas à bicicleta, como pedaladas urbanas com sorteio e plantio de mudas, cadastramento de trilhas, aulas em escola e o principal: estudo básico da situação cicloviária da cidade e criação de um projeto base com metas.
A Fecierj - Federação de Ciclismo do Estado do Rio de Janeiro - foi acionada para ser a proponente do projeto e responsável pelo estudo cicloviário para a mobilidade urbana. Representada por Eduardo Almeida, diretor de projetos, mostrou a capacidade da federação em realizar os eventos esportivos e também de montar o estudo inicial.
"Já temos experiência nesse tipo de levantamento e estudo, sabemos quais são os dados que realmente fazem a diferença. Já temos um projeto semelhante que já é sucesso e destaque nacional. Sabíamos que o grande desafio não seria criar o primeiro, mas implantar o mesmo modelo em outras cidades. O ciclismo é feito de desafios e montar essa parceria será uma aventura muito positiva para todas as partes", comentou Eduardo.
De acordo com Henrique Gama, "é muito bom ver que mais uma vez os benefícios do esporte transcendem a saúde física. Agora vamos começar a pensar na saúde da cidade também".
A proposta é que todas as secretarias da prefeitura se envolvam, de maneira que tanto as provas de ciclismo, quanto os projetos, possam ser ações orgânicas da instituição.

Volta Master de Ciclismo - 2013 - Macaé - Foto Hudson Malta - Bikebros




Pedalada urbana em Macaé - Foto: Hamilton Cardoso

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Texto: Leo Lima

Secretaria de Mobilidade Urbana convoca ciclista para revisão de projetos

Preocupação com o ciclismo urbano mostra que existe projeto em andamento para que a lei básica do CTB seja aplicada em Rio das Ostras.



No dia 17/01, sexta, havia agendamento prévio para uma reunião na Secretaria de Acessibilidade e Mobilidade Urbana, para tratar de uma revisão de projeto enviado pela Secretaria de Obras do município.
Com direção de Cel Edson Luiz Pereira, Secretário, os projetos da marginal da Rod. Amaral Peixoto, em frente ao bairro Âncora, foram colocados na mesa para que uma criteriosa revisão, baseada nos Manuais de Sinalização de Trânsito, fosse realizada.
A presença de William Elliot Nicolau, que é Guarda Municipal experiente na aplicação das normas dos manuais técnicos, pontuou as necessidades de alterações de sinalização horizontal e vertical, marcando os cruzamentos, paradas regulamentadas, pontos de ônibus e demais elementos do trânsito, julgando a ordem de importância para a implantação de cada sinal.
Como no local existe uma grande área destinada para uma ciclovia, com a revisão, a intenção é que o município tenha a primeira ciclovia dentro dos padrões internacionais, servindo como um grande corredor de escoamento do trânsito de bicicletas, que é comum no bairro Âncora.
"Participar desse projeto é gratificante. Já entendemos bem a necessidade da bicicleta como um veículo necessário para um trânsito humano e eficiente dentro das cidades. Mas vários municípios têm esquecido completamente disso e serão julgados negativamente. Ver esse cuidado hoje é perceber que um futuro muito favorável, para um trânsito sustentável, está por vir para Rio das Ostras", comenta Eduardo Almeida, Diretor da Fecierj e cicloativista da Bikero, grupo local de ciclismo.
Os cruzamentos da ciclovia com as ruas e avenidas foram revisados para que atendessem às normas de segurança impostas pelos órgãos nacionais de trânsito, com sinalização específica, tanto horizontal quanto vertical.
"Queremos mostrar que o pedido pode ser feito e quem ganha é a sociedade. Se a ordem é priorizar pedestres, depois bicicletas, depois os veículos automotores, temos que começar a implantar isso na sinalização. É o que fizemos aqui", comentou Cel Edson.
Pinturas especiais nos cruzamentos, além de sinalização de parada para os ciclistas onde os pedestres atravessam, serão novidade no município. Após a implantação da sinalização, a secretaria manifesta a necessidade de um projeto de "pedaladas" nessas novas ciclovias, de maneira que possam ser apresentadas à sociedade, além de mostrar os benefícios do uso da bicicleta como transporte urbano sustentável.
A promessa é de que o grupo seja chamado todas as vezes em que houver manifestação das secretarias, quando o assunto abranger o ciclismo.
Embora o projeto Rio das Ostras Cidade Bike 2014 ainda não esteja concretamente firmado com a Prefeitura de Rio das Ostras, Eduardo Almeida considera que o processo iniciado em 2013 terá uma continuidade plena, por conta do que o município já absorveu dos benefícios do ciclismo como esporte e da mobilidade urbana.

 
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Texto: Leo Lima
Fotos: Ricardo Machado