Mais um pedal exploratório onde o resultado foi alcançado.
Um caminho super legal passando por fazendas onde predominam estradas internas bem esburacadas ( um souvenier para os mtbikers...), single tracks, field tracks (passagem pelo meio do mato), passagem dentro de água e muitas porteiras pra abrir e fechar.
Daí o nome gentilmente ofertado para esse caminho: Trilha das Porteiras.
Seria impossível pensar em outro nome!
Quem estiver pensando em giro rápido, nem pensar passar por aqui. O tempo que leva só abrindo e fechando porteira já dá pra terminar o treino!
Segue mapa e link para a rota detalhada:
Esse dia também foi marcado também pela inclusão de mais um bikeRO. Nosso amigo Leandro Dominick, que está muito empolgado com o retorno para a bike, aliás, muito empolgado com sua nova magrela...
No domingo, dia 27 de março, saímos em direção a uma possível "perdeção" pelas estradas, que é muito comum em pedais de exploração.
Saída atrasada, quase 9h00min da manhã, seguimos pela estrada do Contorno até o início da subida do único morro desse trecho.
Entramos pela fazenda à direita e já começamos a abrição de porteiras.
Logo no início ja dá pra ter noção do tipo de terreno que vai ser percorrido até a estrada Cantagalo-Rocha Leão. Estrada interna de fazenda bem esburacada e trechos arenosos que parecem sugar as bikes.
Não que isso seja ruim...
Pelo contrário! Para as bikes significa que estão no terreno para que foram feitas.
Seguindo caminho adentro, a estrada vai estreitando até que vira trilha efetivamente.
Quando começou a surgir as encruzilhadas, vimos que seria fácil não se perder.
É impressionante como é fácil de se guiar pelo morro São João e as montanhas rochosas de Rocha Leão(RL).
O trecho dessa trilha é 99% plano e de visão muito extensa da linha do horizonte facilitando muito a navegação.
Mais um dia onde o sol não deu trégua.
Nessa trilha a dificuldade não se reserva a nenhuma subida. Mas sim em suportar uma espécie de "bafo" que sobe dos brejos extensos que se formam nessa região.
E o pedal foi seguindo até o momento de parar para observar as formações rochosas ao longe, marcando nosso objetivo de chegada.
Conseguimos achar facilmente o ponto de entrada para um single track tranquilo pela margem de um córrego de irrigação.
Para nossa surpresa o single track se transformou em um field track...
Resolvemos ir seguindo pra ver até onde daria pra pedalar.
E o astro rei, o sol, nos acompanhava extremamente afiado na sua função.
Mas conseguimos achar um refúgio para recompor o raciocínio.
Desse ponto em diante, conseguimos ver o single track novamente, facilitando nosso caminho de exploração.
Iniciamos uma subida leve e depois da nona porteira, avistamos um belo lago de cabeceira, formador do córrego de irrigação da área.
Havia ali um homem sentado, tranquilamente à beira do lago.
Sua bike, completamente despreparada para estar ali, estava abrigada num "cumedouro" de sal.
Curvando pelo morro do lago, chegamos no primeiro ponto de travessia pela água.
Depois de mais porteiras abertas, encontramos um segundo ponto de passagem por água.
Desse ponto de água existem três caminhos. Mas se orientarmos pela montanha que nos leva a RL, vemos facilmente que duas seguem caminho contrário ao objetivo.
Então adotamos uma estrada marcada por trator e pedalamos mais alguns quilômetros no sol escaldante até chegar na estrada Cantagalo-Rocha Leão.
A porteira na beira da estrada fica sempre trancada. Nesse local temos que passar as bikes pela cerca de arame e passar por baixo da porteira pra não danificá-la.
Quando chegamos em Rocha Leão, dia de jogo, campo cheio, um senhor e sua carrocinha de caldo de cana parecia nos aguardar. Foi só nos avistar e já colocou o motor pra funcionar e passar cana pra fazer o caldo.
Impossível resistir num sol desses.
Foram pelo menos 2 copos pra cada um.
Se fosse final de passeio seriam 4, certamente!
Assim como é impossível resistir a um caldo de cana gelado num dia quente, é impossível ir a RL e não dar uma subida no morro da antena pra ver o mar. Ainda mais num dia ensolarado como estava e com umidade baixa, permitindo uma visão extensa da linha do mar.
Leandro sentiu na perna o prazer de subir novamente de bike as montanhas da vida!
E lá de cima, tradicionalmente, as fotos que falam mais que mil palavras!
A descida certamente é o momento mais desejado.
No final da descida, uma parada tradicional na "Tia do Forró" pra recarregar as águas e logo após a também tradicionalíssima descida de bike pelos escadões da igreja.
A partir desse ponto, o roteiro passa a ser padrão.
O sol nos fez optar por passar pela Reserva da União em direção a usina de lixo.
Também não valia a pena assustar o Leandro que acaba de retornar aos pedais!
Quando chegamos no asfalto, parecia que tuda ia derreter.
O Andrei já tinha consumido uns 3 litros de água, guaraná, Gatorade...
As retas intermináveis sob um sol muito quente estava mais difícil de vencer que o morro da antena de RL.
Ao ver a praia, a certeza que faltava pouco pra estar em casa.
Como somos ciclistas e não bicicleteiros, nosso pedal dentro da cidade é pela ciclovia.
Ao retornar até a praça da rua Rio Bonito, no Recreio, cada um fez seu caminho pra casa.
E certamente mais uma rota pra chegar em RL. Essa, com mais contato com o ambiente local e fugindo das estradas movimentadas. E não podemos esquecer que abrimos 16 cercas nesse domingo.
Merecido o nome dessa trilha, não é?
Mais um amigo de pedal incorporado.
Vamos seguindo, pois temos muito trabalho a realizar nessa (e por essa) cidade.
Um grande abraço a todos e boas pedaladas!
Eduardo Almeida
pow meu camarada gostaria de participar dessas trilhas q vc e seus amigos ai da foto fizeram, se vc puder mandar um e-mail, pra eu poder acompanha-los ficarei grato. Fernando, fernandopqdt@hotmail.com, grande abraco camarada
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